Kawara Welch foi presa em 8 de maio por descumprir medidas cautelares determinadas no processo que analisava perseguição contra o médico. Vítima chegou a registrar mais de 40 boletins de ocorrência contra mulher. Kawara Welch
Redes Sociais/Reprodução
Além do processo que analisa as acusações de perseguição contra um médico de Minas Gerais, a artista plástica Kawara Welch, respondeu, ou ainda responde, processos por roubo, ameaça, furto e lesão corporal. As informações são do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O g1 apurou que os processos contra a mulher de 23 anos são de crimes que teriam ocorrido entre 2021 e 2024, ou seja, a partir de dois anos após o início do stalking, em 2019.
Ao todo, Kawara tem 11 processos relacionados a perseguição ao médico. Veja a cronologia abaixo:
Procedimento investigatório criminal - 27/09/2021
Crime contra a administração da justiça - 22/10/2021
Alvará de soltura - 03/11/2021
Crime contra a administração pública - 09/12/2021
Liberdade provisória - 10/12/2021
Ação penal - 16/03/2022
Termo circunstanciado - 16/03/2022
Prisão em flagrante - 04/01/2023
Inquérito policial - 08/05/2024
Lesão corporal vítima - 10/05/2024
Processo em segredo de justiça
Em contato com a reportagem, o advogado Jean Filipe Alves, da defesa de Kawara, informou que não se posicionara a respeito dos processos.
"São procedimentos que não significam que são procedimentos em desfavor dela. São situações que constam no sistema e que ela está respondendo, ou já respondeu", explicou o advogado.
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Os crimes contra a administração da Justiça estão relacionados aos crimes que comprometem a imparcialidade, a integridade e a eficácia dos procedimentos legais e judiciais. Entre eles, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.
Kawara Welch foi presa por stalking em 8 de maio. O crime de stalking, cometido contra o médico, ocorre quando uma pessoa persegue outra, pessoalmente ou por qualquer outro meio, como telefonemas e mensagens. A pena varia de seis meses a dois anos de prisão.
Ao ser presa, ela estava em uma universidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde cursa nutrição. A mulher era considerada foragida desde março de 2023.
Nesta terça (21), a prisão preventiva de Kawara foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Segundo o advogado da acusada, Jean Fillipe Alves, a defesa apresentará um pedido de habeas corpus em breve. A defesa não informou quando o pedido de revogação da prisão foi solicitado
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O que diz o médico
Em entrevista ao Fantástico, o médico contou que Kawara constantemente enviava fotos perturbadoras para ele, com lençóis e cordas amarrados no pescoço, além de mandar mensagens se despedindo dele.
"Ela chegou a me passar 1.300 mensagens em um dia. E mais de 500 ligações num único dia. Eu troquei de número de celular umas três ou quatro vezes, mas parei de trocar porque vi que era totalmente inútil. Ela tinha uma facilidade incrível em achar meu número novo", afirmou o médico.
De acordo com o advogado da suspeita, Jean Fillipe Alves, existem provas de que a mulher e o médico tiveram um relacionamento, que foi descoberto pela esposa dele.
"Temos um arcabouço de provas que mostra a evidente relação dos dois. Ela não consegue ficar longe dele porque ele sempre vai atrás dela, dizendo que a ama e colocando a família como impedimento para eles ficarem juntos", disse o advogado.
No entanto, o homem nega qualquer relação entre eles.
“Nós acreditamos não houve esse relacionamento. E, mesmo se houvesse, não justifica de forma alguma esse tipo de ação, esse tipo de conduta da Kawara”, afirmou o delegado Rafael Faria.
O inquérito da Polícia Civil conclui que, se condenada, Kawara Welch pode responder pelos crimes de perseguição, descumprimento das medidas impostas pela Justiça e roubo.
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Publicada por: RBSYS