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Como a história de uma galinha ajudou uma criança autista a lidar com o luto

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Como a história de uma galinha ajudou uma criança autista a lidar com o luto

A relação de Cocota com Pietro ficou tão forte que o animal se tornou membro da família e virou o livro "A Galinha do Coração Azul". Galinha Cocota Amanda Ruz Freire Amar os pets é algo que permeia o coração de muita gente, sejam eles comuns ou não. No caso de Pietro, um menino de 9 anos com transtorno do espectro autista (TEA) grau 1, o bicho de estimação escolhido não foi nada comum. Cocota, uma galinha que entrou na casa de Pietro por acidente, ganhou o coração e o afeto de todos, se tornando um membro da família de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Após quase um ano na família, Cocota morreu. Para eternizar o amor deles pela galinha, a mãe de Pietro teve a ideia de transformar o amor deles pelo animal em um livro. ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região Como Cocota chegou na família? Pietro, menino autista que inspirou o livro A Galinha do Coração Azul TV Integração/Reprodução Segundo a mãe de Pietro, Amanda Ruz Freire, a galinha foi presente de uma amiga. Mesmo já adulta e não sendo um pet muito convencional, eles a receberam e a criaram junto de outros animais de estimação. Em pouco tempo, Pietro se apaixonou pela galinha, que foi batizada de Cocota. Conforme Amanda, os laços criados entre o menino e a galinha o ajudou nas tarefas diárias, pois a galinha se tornou uma amiga dele. No entanto, cerca de um ano depois, Cocota morreu, se tornando a inspiração para o livro "A Galinha do Coração Azul". A história da galinha do coração azul Livro escrito por mãe de menino autista ajuda na superação do luto e debate e diversidade Como psicopedagoga, a mãe de Pietro resolveu ilustrar a morte de uma maneira leve, para que o filho compreendesse a complexidade do sentimento de luto. Como parte da família e muito apegado a ele, a morte da galinha deixou o menino focado na perda. “Foi a primeira perda que ele teve na vida. Ele nunca tinha perdido ninguém, por isso, quando aconteceu, ele não entendeu o significado da morte.” O livro conta a história de uma galinha “diferente”. Ela é autista e não age como as galinhas comuns, sendo muito discriminada no galinheiro. De acordo com Amanda, Cocota se sente sozinha, triste e isolada, assim como muitas crianças com transtornos, especialmente, com espectro autista. No entanto, de repente, acontece uma reviravolta na vida da galinha: ela conhece Pietro, o menino que em nenhum momento a tratava com indiferença, mas sim, com muito amor. O carinho que Cocota recebe alivia seu coraçãozinho apertado e angustiado. A psicologia classifica a morte em cinco etapas: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Se, nos adultos os sentimentos se manifestam de maneiras incompreensíveis, imagine isso em uma criança. A psicóloga Lívia Ponciano fala que o livro aborda tanto aspectos sociais quanto emocionais e educativos. “Por o livro falar sobre aceitação, empatia, amizade, interação social e, principalmente, sobre o ser diferente, as crianças conseguem de alguma forma se identificar com a história.” É exatamente essa identificação que ajuda as crianças a conhecer e aprender a aceitar o luto. Ela também afirma que “a história pode ser útil para crianças que têm algum tipo de transtorno ou que estejam passando por algum problema, mas também ajuda os adultos a se conectar com os sentimentos das próprias crianças.” E a superação do luto pela perda de Cocota ajudou Pietro a lidar com o falecimento do avô, ocorrido em 2023. "Como ele já havia passado pela perda da galinha, conseguiu lidar melhor com o falecimento do avô. Teve a saudade, a tristeza, que é natural, mas ele conseguiu lidar melhor com a situação", disse Amanda. Crianças e adolescentes autistas brincam enquanto se desenvolvem em projeto 'Para ele o céu é o limite': autistas utilizam programa para conversar e aprender Filha da apresentadora Vanessa Carlos narra em livro rotina com mãe jornalista Cocota deitada na cama de Pietro Amanda Ruz Freire Por que 'A galinha do coração azul'? O livro é uma alusão ao autismo e traz a mensagem de que o diferente não deve ser tratado de maneira distinta. E se a galinha é uma representação fiel do pet da família, o "coração azul" representa a cor definida como símbolo do autismo. Por sua vez, a escolha do azul está ligada ao movimento "Light It Up Blue" ("iluminar de azul"), que promove a sensibilização e conscientização para a inclusão de pessoas autistas na sociedade. A iniciativa ajudou muito Pietro a resinificar a perda da galinha, mas o trabalho de Amanda não parou por aí. Após a publicação do livro, Amanda compartilhou a história com amigos e mães de filhos autistas ou com outros transtornos, que gostaram da história e adquiriram o livro para seus filhos. Assim, além de Pietro, outras crianças entendem mais sobre respeitar as diferenças, o amor pelos pets e ao próximo. Amanda disse, ainda, que não fazia ideia de que uma forma de manter viva a lembrança de Cocota e celebrar o amor e as memórias compartilhadas entre Pietro e a galinha se tornaria apoio emocional para muitas outras crianças. “Eu não imaginava que algo feito com tanto sentimento pessoal, visto que envolvia uma história do meu filho e uma galinha, fosse tomar tamanha proporção.” O livro "A Galinha de Coração Azul" está disponível na plataforma Kiwify pelo valor de R$ 12. A aquisição também pode ser feita diretamente com Amanda por meio das redes sociais. ???? Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter ???? 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Publicada por: RBSYS

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