Instituição informou que tem feito ajustes nas escalas para minimizar o impacto para a população. Prefeitura disse que fila de espera acaba ficando comprometida, mas segue fazendo exames com clínicas parceiras. Exames e algumas cirurgias eletivas estão comprometidos no HC-UFU
Cristiano Sobrinho/HC-UFU/Ebserh
A greve dos servidores técnico-administrativos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) tem prejudicado a realização de exames e o cancelamento de cirurgias eletivas. A informação foi confirmada pela assessoria da instituição na manhã desta quinta-feira (28).
"A gestão do hospital tem realizado ajustes nas escalas dos trabalhadores para minimizar o impacto para a população", veja abaixo nota na íntegra.
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O HC-UFU informou ainda que houve adesão de cerca de 10% do total de trabalhadores do hospital. O comprometimento dos serviços estão relacionados a exames eletivos, como ultrassom, endoscópicos e métodos gráficos em cardiologia, além da suspensão de algumas cirurgias eletivas que estavam agendadas.
"As cirurgias suspensas serão reagendadas", informou a UFU.
A Prefeitura de Uberlândia informou na quarta (27) que foi comunicada do comprometimento nos exames e do cancelamento de alguns tipos de cirurgias eletivas compactuados com HC-UFU.
Ainda conforme a Prefeitura, os exames seguem sendo realizados pelas clínicas parceiras, mas a fila de espera acaba ficando comprometida devido à greve.
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O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Sintet-UFU) foi procurado e informou "que a categoria está aderindo à greve em regime de escala, buscando manter todos os atendimentos de urgência, emergência e tempo-dependentes". Abaixo o posicionamento na íntegra.
O g1 solicitou à UFU sobre a quantidade de cirurgias canceladas e de exames comprometidos e espera por respostas.
O mesmo questionamento foi feito à Prefeitura, que informou que "as equipes de supervisão da Secretaria Municipal de Saúde estão realizando o levantamento dos quantitativos junto ao HC-UFU. A dimensão da fila está em depuração pelo programa Alô, Saúde".
O que diz o HC-UFU
"O Hospital de Clínicas da UFU/Ebserh informa que as alterações na prestação de serviços de saúde foram motivadas pela greve dos servidores da Universidade Federal de Uberlândia. Houve adesão de cerca de 10% do total de trabalhadores do hospital.
"A gestão do hospital tem realizado ajustes nas escalas dos trabalhadores para minimizar o impacto para a população, no entanto, houve redução de coleta de cerca de 20% de exames eletivos laboratoriais, redução de realização de exames eletivos (ultrassom, exames endoscópicos e métodos gráficos em cardiologia) e a suspensão de algumas cirurgias eletivas (agendadas). A greve não afetou as cirurgias de urgência e emergência, oncológicas, cardiovasculares, neurológicas, transplantes, pediátricas e demais avaliadas como tempo-dependentes. As cirurgias suspensas serão reagendadas".
O que diz o Sintet-UFU
"Sobre o HC, os servidores que estão em greve são os técnico-administrativos em educação da UFU. Nesse conjunto há enfermeiros, médicos, técnicos em enfermagem, secretários, nutricionistas etc. Os trabalhadores da Ebserh não entraram em greve. Em relação a alterações de procedimentos no HC-UFU, a categoria está aderindo à greve em regime de escala, buscando manter todos os atendimentos de urgência, emergência e tempo-dependentes. As deliberações sobre realização ou não de procedimentos é de alçada da gestão do HC-UFU, e o que fazemos é negociar para que a adesão dos servidores à greve seja respeitada como direito constitucional.
O que sabemos atualmente é que exames e cirurgias eletivas não estão sendo realizadas. Cirurgias oncológicas, de urgência e emergência permanecem sendo realizadas.
Em relação à adesão à greve, estimamos algo em torno de 85%, considerando que somos aproximadamente 3 mil técnicos em toda a universidade e HC-UFU.
A nível local, há reinvindicações importantes também, como a paridade na composição dos conselhos deliberativos da UFU, a melhoria da estrutura física e acessibilidade, eleições democráticas para a superintendência do HC-UFU, entre outras".
Greve
Cerca de 85% dos técnicos-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) aderiram à greve no dia 18 de março. A informação foi confirmada pelo Sintet-UFU.
Segundo o sindicato, dentre as principais reivindicações estão: reestruturação da carreira; equiparação dos auxílios com demais servidores; reajuste de salário; recomposição do orçamento da universidade.
Em nota, na época do início da greve, o HC-UFU informou que os serviços de urgência e emergência, internação e os ambulatórios continuam em funcionamento normal.
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Publicada por: RBSYS