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Jogos inspirados em avó que sofreu AVC saem da universidade e ganham o mercado em MG

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Jogos inspirados em avó que sofreu AVC saem da universidade e ganham o mercado em MG

A partir do drama pessoal causado pelo AVC da avó, a pesquisadora e empreendedora Isabela Marques mudou de profissão e desenvolveu jogos sérios para a reabilitação de pacientes com Parkinson e doenças crônicas. Agora, a tecnologia está disponível para profissionais de saúde através de empresa criada por ela. Paciente em uma clínica de fisioterapia fazendo exercícios nos jogos produzidos pela Reabnet Reabnet/Divulgação Apesar da situação difícil na família, a história da empreendedora Isabela Marques ganhou outro rumo quando a avó sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Foi nesse momento que a carreira dela mudou drasticamente e a paixão por ajudar as pessoas foi além do ambiente acadêmico e das pesquisas para o empreendedorismo. ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região A partir do drama familiar, a pesquisadora idealizou a Reabnet, que produz jogos voltados para os tratamentos de doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), Parkinson e doenças crônicas. “Descobri o que a tecnologia podia fazer pela saúde. Foi aí que me apaixonei. Eu queria uma solução para ajudar essa população. A Reabnet vem como uma proposta de unir o útil ao agradável, de fazer de uma forma interativa, tecnológica e sem precisar sair de casa", afirmou Isabela. Nascida e criada em Tupaciguara, ela se mudou para Uberlândia em busca de mais uma graduação, na área de engenharia elétrica. Na época, Isabela trabalhava como educadora física, dando aulas de natação e hidroginástica. Jogo Tangram com que usa os movimentos de abre e fecha das mãos Isabela Marques/Divulgação Com o passar dos anos, envolvida na profissão como engenheira elétrica, ela descobriu que a tecnologia poderia ser um grande aliado para pessoas que sofrem com doenças crônicas como Parkinson, AVC e, até mesmo, deficiência física. Ainda no mestrado, a avó de Isabela participou de pesquisas com equipamentos para avaliar membros superiores, após o AVC. "Minha avó foi minha musa inspiradora", comentou. Isabela conta que um dos pacientes, que sofreu AVC há 10 anos, ficou com o braço bem comprometido e não conseguia levantá-lo. No entanto, após algumas seções com um dos jogos, ele conseguiu abrir os braços novamente. A Reabnet é uma plataforma de jogos de telerreabilitação por meio de realidade virtual e contou com o apoio da Rede Brasileira para Educação e Pesquisa (RNP) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que ajudaram a desenvolver jogos premiados internacionalmente. A pesquisadora acredita que a união entre ciência, tecnologia e saúde tem potencial para revolucionar tratamentos de doenças no Brasil e no mundo. A pesquisadora Isabela Marques no congresso de Engenharia Biomédica Luanne Cardoso/Divulgação O mercado O sucesso da pesquisa e dos jogos fez Isabela entender que muitos outros pacientes podem ser beneficiados se a Reabnet for para o mercado e ir além do ambiente acadêmico. "A gente percebeu que precisamos ir além da universidade e levar para o mercado", disse. Um dos jogos desenvolvidos pela Reabnet é o RehaBEAT. Um jogo interativo no qual o jogador deve atingir os alvos utilizando os movimentos dos braços. A empreendedora ainda explica que, para melhor experiência, o paciente sempre deve estar acompanhado por um profissional da saúde. O jogo RehaBEAT que usa os movimentos dos braços na TV de uma paciente Viviane tizzo No final de cada fase no jogo, os profissionais podem ver o desempenho dos pacientes e possibilitar melhorias nos quadros. Fisioterapeutas, médicos e profissionais da saúde podem acompanhar os pacientes de casa e ver como está o desempenho na reabilitação. De acordo com a pesquisadora, os jogos sérios desenvolvidos pela Reabnet entram no mercado como complemento no tratamento de doenças cognitivas e motoras. "O paciente pode ir à clínica duas vezes na semana, e pode fazer cinco vezes os exercícios em casa", contou a pesquisadora. Isabela explica que a inteligência artificial está presente nos sensores dos jogos desenvolvidos, e que assim possibilitam a projeção dos movimentos em tela, e que o paciente, tendo acesso à internet, consegue usar os jogos em qualquer lugar. De acordo com a empreendedora, os jogos Tangram, Rehabeat, Rock 'n' Roller entre outros, são adquiridos em planos mensais ou anuais. Profissionais e pacientes que desejam contratar os jogos de reabilitação podem adquirir diretamente no site, e caso o paciente não seja acompanhado, a equipe da Reabnet faz avaliações para melhorar o uso dos jogos pelo paciente. Segundo ela, no mercado atual não existem empresas com jogos sérios como o da Reabnet, que tem atuação no mercado e que o objetivo é democratizar o acesso à reabilitação no país. ???? Siga o g1 Triângulo no Instagram, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Publicada por: RBSYS

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