Defesa alegava nulidade do processo por falta de provas que incriminassem Pâmela Volp e que o direito de ampla defesa dos acusados não foi cumprido. Ex-vereadora Pâmela Volp PREP A Justiça negou o recurso da ex-vereadora Pâmela Volp e manteve a decisão anterior de levar ela e cinco outros acusados a júri popular por uma tentativa de homicídio cometida em fevereiro de 2022, na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga. Apesar da decisão, a data para o julgamento ainda não foi definida. O g1 fez contato com o advogado de defesa da Pâmela e aguarda retorno. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O que alegava a defesa A Defensoria Pública, que representa os réus, argumentava no recurso que não havia indícios da autoria de Pâmela no crime. A defesa pediu que a decisão de pronúncia, que é o ato pelo qual o juiz reconhece a existência de indícios de autoria e materialidade do crime, fosse revista e os réus não fossem levados a júri popular devido à falta de elementos que os incriminem. A defesa argumentou ainda que houve uma restrição indevida ao direito de defesa dos acusados, uma vez que eles não teriam tido acesso aos elementos de prova que influenciariam o processo. Segundo a Defensoria Pública, a ausência dessas informações comprometeu a igualdade de armas entre acusação e defesa, o que poderia configurar um "cerceamento de defesa e, consequentemente, uma nulidade no processo". Mais de 70 joias de ex-vereadora presa são apreendidas em Tupaciguara Acusados de tentar matar detento a mando da ex-vereadora são condenados a 10 anos de prisão Presa há quase dois anos, ex-vereadora Pâmela Volp tem casa invadida e furtada em Uberlândia Tentativa de homicídio O crime em questão ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2022, no pavilhão LGBTQIA+ da penitenciária. Segundo a denúncia do MP, a motivação do crime teria sido uma suposta subtração de 17 cigarros pertencentes à Pâmela Volp pela vítima. Após Pâmela descobrir a subtração, ela teria ordenado que os cinco outros denunciados agredissem a vítima até a morte como forma de retaliação. A vítima foi espancada mediante chutes, socos, "chegando ao ponto de um preso subir em um beliche e pular duas vezes contra o peito da vítima, que já estava no chão desmaiada", informou o MP há época. Investigada por outros crimes Pâmela Volp é suspeita de comandar um esquema criminoso desde 1992. Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão: associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo. Além dos crimes já citados, em maio de 2022, detentos da ala LGBTQIAP+ da penitenciária registraram ocorrência informando à Polícia Penal que Volp havia criado um sistema de extorsão dentro da unidade prisional. Na ocasião, foi apurado que ela vendia produtos como cigarros, material de limpeza, comida e estabelecia juros para os “clientes”. Se a pessoa não pagasse, poderia sofrer diversos tipos de punição, como perder a alimentação fornecida pela penitenciária e até agressão. Em janeiro de 2023, Pâmela e mais duas pessoas foram condenadas em primeira instância a 10 anos e 10 meses de prisão por roubarem o celular de uma travesti e a agredirem em Uberlândia. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, Pâmela causou intenso sofrimento psicológico e físico a travesti dentro do presídio. A ex-vereadora está presa desde 2021 devido à operação "Libertas", que investigava a exploração sexual de travestis e transexuais em Uberlândia e outras cidades. ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região ???? Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter ???? Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Publicada por: RBSYS