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'Meu remédio é dançar': quadrilhas inovam, mas mantêm tradição junina em Uberlândia

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'Meu remédio é dançar': quadrilhas inovam, mas mantêm tradição junina em Uberlândia

Forrozarte e Matutos do Sertão são dois exemplos de quadrilhas que existem há mais de 5 anos, participando de concursos e festas nas celebrações juninas. Matutos do Sertão Jaísa Dantas/Divulgação Linda és minha quadrilha! Muito além do passeio pela roça e do balancê, as quadrilhas juninas de Uberlândia inovam nas festas da região, sem deixar de lado a tradição. A cada ano, noivos, padres e convidados se unem às barraquinhas, arraiás e competições em junho e julho trazendo cores e histórias para o público. No dia de São João, o g1 conversou com a Matutos do Sertão e a Forrozarte, com sete e nove anos de tradição, sobre a origem dos grupos e suas histórias. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Elileudo Júnior faz parte do Forrozarte desde o início do grupo. Ele conta que a quadrilha surgiu da necessidade de ajudar um grupo de teatro a arrecadar dinheiro para a encenação da Paixão de Cristo. "A quadrilha surgiu em dezembro de 2015, quatro pessoas foram assistir a um festival de quadrilhas e decidiram fazer o grupo para pegar a premiação e poder investi-la no teatro no ano seguinte", disse ele. "A galera viu que não era só ir lá e dançar, tem muita coisa por trás e estamos aí, já com 9 anos", contou Elileudo. A Matutos do Sertão, por sua vez, é ligeiramente mais jovem, com sete anos de estrada. "A Matutos foi criada em 2017, lá no Bairro Morumbi. Decidimos criar o grupo para animar festejos do período junino", conta Jhessika Mayara, fundadora e coordenadora do grupo. Matutos do Sertão Jaisa Dantas/Divulgação Centenas de horas de ensaio Em tantos anos, histórias emocionantes parecem não faltar para os grupos. Jhessika conta que as lágrimas rolam todos os anos, especialmente devido à vibração do grupo e a emoção dos quadrilheiros após meses de preparo até os festivais e concursos. "Nós abrimos as inscrições no primeiro mês do ano, para que haja um tempo favorável até junho para podermos concluir os trabalhos. São centenas de horas de ensaio até chegar junho". Contudo, ela também explica que momentos de descontração animam o grupo durante as apresentações. "Uma história engraçada é de quando fomos dançar quadrilha na zona rural de Indianópolis. De repente, o ônibus que fazia nosso transporte atolou no meio da plantação de soja, então, tivemos que chegar no local da festa em carroceria de picapes", relata Jhessika. "Meu remédio é dançar" A emoção nas apresentações não é, contudo, exclusividade da Matutos. O representante da Forrozarte, Elileudo, disse que o grupo expressa as emoções também por meio dos temas que escolhem dançar a cada ano. "Em 2022, a gente não ia dançar, né? Mas faltando um mês a gente resolveu ir. No ano anterior, a mãe e o pai da nossa antiga noiva tinham falecido e nós resolvemos homenageá-los. O tema era saudade, 'o meu remédio é dançar', porque nós tínhamos acabado de sair do período de pandemia", afirmou. "Tínhamos passado dois anos parados e foi incrível a quantidade de gente chorando com a homenagem às vítimas de Covid. Foi muito lindo." Apresentação Forrozarte no 14° Festival de Quadrilhas Juninas de Uberlãndia Isabella Braga/Divulgação Menino que pinta desde os 10 meses expõe telas aos 6 anos 'Mar de ipês' em avenida encanta moradores e viraliza Crianças e adolescentes autistas utilizam programa para conversar e aprender Sobre a preparação para o período junino, Elileudo explica que ela começa assim que o período de apresentações do ano anterior termina. "Terminou o período de apresentações, mais ou menos em setembro, a coordenação já começa a pensar na temporada do ano seguinte. Os ensaios começam no finalzinho do ano, lá para novembro, dezembro. E quando chega em janeiro, a gente já começa a pegar firme nos ensaios para fazer acontecer." Ele explica, ainda, que no começo dos ensaios, os quadrilheiros ensaiam todos os fins de semana, mas no final do período de preparação também treinam durante os dias úteis semana. "Aí, começamos também a preparação de figurino, cenário, coreografia, tudo para deixar o espetáculo melhor", conta Elileudo. Apresentação Forrozarte no 14° Fesival de Quadrilhas Juninas de Uberlândia Isabella Braga/Divulgação Importância Segundo Jhessika, em meio a tantas partes que compõem o espetáculo, a importância social, cultural e financeira dos quadrilheiros em Uberlândia vem crescendo. "A cultura junina tem uma grande importância financeira para cidade, abre portas para milhares de empregos diretos e indiretos. Além de trazer alegria e muita emoção, transforma a vida das pessoas", afirmou. Elileudo Júnior vai além. Para ele, a transformação também pode ser pessoal para os quadrilheiros. "Hoje nós temos jovens e adultos que poderiam estar fazendo coisas erradas, que poderiam estar à toa, mas eles estão lá. Nesses nove anos de grupo, já tivemos pessoas que eram extremamente tímidas e conseguiram mudar isso porque conseguiram se apresentar, perder um pouco a timidez". ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região Próximas apresentações Confira as datas e locais da próximas apresentações dos grupos: Forrozarte 29/06 - Concurso Regional de Quadrilhas; Praça Sérgio Pacheco, Uberlândia 30/06 - Praça Sérgio Pacheco, Uberlândia 06/07 - 19:00 - SESI Uberlândia 06/07 - Batalhão de Araguari 07/07 - Festa Junina Divino Pai Eterno, Uberlândia 13/07 - Colégio São Domingos, Araxá 19/07 - 21:00 - Arraiá de Guimarânia 20/07 - Grande Arraiá, Araxá Matutos do Sertão 29/06 - Inauguração do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar, Campina Verde 30/06 - Comunidade Divino Pai Eterno, Uberlândia 12/07 - Colégio São Domingos, Araxá 19/07 - Grande Arraiá, Araxá 20/07 - Arraiá da Alegria, Araguari ???? Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter ???? Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Publicada por: RBSYS

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