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Moradora alega que teve casa revirada por engano durante operação contra tráfico de drogas em MG; Gaeco nega erro

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Moradora alega que teve casa revirada por engano durante operação contra tráfico de drogas em MG; Gaeco nega erro

Vanusa Pereira da Silva disse que a ação resultou em objetos danificados e que foi humilhada quando procurou as autoridades. O promotor do Gaeco negou as acusações e explicou que o endereço dela foi indicado pelo juiz como um alvo da operação "Desmantelo 038", em João Pinheiro. Moradora alega que teve casa revirada por engano durante operação contra tráfico Vanusa Pereira da Silva, de 41 anos, teve a casa revirada durante a operação "Desmantelo 038", realizada na quinta-feira (11) pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal (PRF), em João Pinheiro. Segundo ela, ao contrário do que dizem os policiais, nunca teve qualquer envolvimento com um dos alvos da operação e que a entrada na casa dela, que resultou em diversos objetos danificados, não passou de um triste equívoco. "Eu sou uma pessoa muito conhecida aqui na cidade, tenho um nome a zelar. Várias pessoas ficaram pensando que eu estava sendo alvo da operação, o que jamais é verdade. Sou uma pessoa simples, de bem, não sei nem como é uma droga. Vivo sozinha com os meus dois filhos desde que meu marido faleceu, há três meses, mal me recuperei do luto e agora isso, muito triste saber que as pessoas que deveriam nos proteger me colocaram nessa situação", disse a moradora ao g1. ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região Por outro lado, o promotor do Gaeco, Júlio César, esclareceu que nenhum erro foi cometido e que a entrada dos policiais era uma determinação da Justiça e é um procedimento de praxe quando o responsável pela residência não se encontra ou oferece resistência à ação. "Ela esteve na promotoria e eu mostrei o documento emitido pelo juiz e que determinava que a casa dela fosse alvo da operação. Ela confirmou o endereço. É importante esclarecer que isso não quer dizer que a moradora é investigada e sim que, por algum motivo, o suspeito tinha alguma relação com o local. Todas as nossas ações são amparadas pela investigação", ressalta o promotor. "Minha casa ficou revirada" Vanusa Pereira da Silva teve sua casa alvo da operação "Desmantelo 038" na quinta-feira (11) JP Agora/Reprodução Vanusa auxilia uma van de transporte escolar, trabalha com crianças e disse que tem um nome a zelar. Ao g1 , ela contou sobre o desespero de chegar em casa e encontrar tudo que conquistou revirado durante a operação policial. "Eu estava quase finalizando o trajeto quando os meus vizinhos me ligaram e disseram que diversas viaturas estavam na minha casa. Eu não me preocupei porque sabia que era engano, não imaginei que eles fossem invadir. Os meus vizinhos ainda foram até os policiais e disseram que na minha casa só morava eu e meus filhos. Foi quando eles mostraram o mandado de busca e apreensão de drogas", disse. E completou ressaltando a cena que encontrou ao retornar para casa. "Eles não quiseram nem saber, quando eles viram que não havia ninguém em casa eles chutaram meu portão para arrombar, entraram, arrombaram a porta da sala e da cozinha, usaram uma chave de fenda ainda para forçar. Danificaram a pintura, meu portão nem fecha mais, reviraram tudo e nem sequer deram uma justificativa. Eu fiquei aos prantos, tive que ser socorrida pelos vizinhos", relembrou. Portão danificado da casa da Vanusa JP Agora/Reprodução Depois do momento em que ela define como uma cena de horror, Vanusa procurou a Polícia Militar (PM) acompanhada da filha e depois a promotoria do Gaeco para relatar o ocorrido em sua casa. "Quando eu cheguei lá, o responsável pela operação me tratou com tanta falta de educação. Ele virou pra mim e disse 'deixa eu atender essa moça aqui que tá atrapalhando nossa operação'. Na mesma hora eu respondi que não era qualquer uma e que eu estava lá para entender o porque eles deixaram minha casa daquele jeito. Eu contei toda a história, disse que havia perdido meu marido e tudo o que ele respondia era: idaí? Me humilharam bastante". Segundo Vanusa, o tratamento dos policiais mudou quando perceberam algum tipo de equívoco. Contudo, ela não conseguiu registrar a ocorrência porque a operação estava em andamento. "Eu já acionei meu advogado e irei entrar com um processo. O que passou pela minha cabeça é o que eles teriam feito com meus filhos caso eles estivessem aqui. A gente luta, batalha para conseguir as coisas e vem alguém e faz um arrastão desse. As pessoas que eram responsáveis por me proteger, hoje foram aqueles que entraram na minha casa, me constrangeram e me causaram pânico e medo", finaliza. Em nota, Vinícius Bias, advogado de Vanusa, informou que está apurando os supostos excessos cometidos pela operação. "O mandado de busca e apreensão, até onde se sabe, foi destinado a um investigado, que anteriormente residia em frente a casa de Vanusa e sua família. Inclusive, as autoridades sabiam da mudança do investigado, haja vista que fora cumprido mandado de busca também na casa desde, em bairro diverso. Vanusa é proprietária do imóvel há quase 5 anos, e como é de conhecimento de toda a sociedade, possui uma reputação ilibada, sendo empresária nesta Comarca, nada tendo a desabonar sua conduta. Vanusa e sua família estão extremamente abalados e fragilizados com toda a situação, haja vista o constrangimento de terem a imagem dos mesmos vinculados a operação policial, tendo a residência dos mesmos arrombada e revirada pelas policiais. Informamos ainda que as medidas legais para analisar excessos oriundos da operação, bem como reparos por danos materiais e morais, serão tomadas em momento oportuno." Quarto da casa reviradi durante ação do Gaeco Reprodução/JP Agora Secretário municipal é preso em investigação contra o tráfico de drogas no interior de MG Quem é o narcotraficante brasileiro preso após mulher publicar localização em rede social Acusado de ser o 'Maníaco de Araguari' é absolvido em novo julgamento O que diz o Gaeco e a Polícia Civil Os policiais estiveram na casa da Vanusa na quinta para cumprir um mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz. Os policiais relataram que como não tinha ninguém na residência, foi necessário que os agentes forçassem a entrada. Segundo o documento, um dos alvos da operação não foi encontrado no local, assim como nenhum tipo de material ilícito. O promotor Júlio afirma que mesmo com o descontentamento da moradora, toda a ação foi judicialmente amparada e que a entrada dos agentes é apenas um trabalho de praxe. "Eu a atendi na promotoria. Não houve nenhum tipo de ofensa. Eu mostrei para ela os autos que comprovam o endereço onde a operação foi realizada e ela confirmou que realmente se tratava da sua casa. É importante ressaltar que o cumprimento nem sempre se dá na casa da pessoa, mas também em endereços vinculados, sobretudo quando se trata de um contexto de organização criminosa", explicou. Em nota, o delegado da Polícia Civil Danniel Pedro informou que as investigações prévias realizadas antes da operação apontaram que o sujeito investigado, de extrema periculosidade e com notícia de posse de arma de fogo, tinha relação com o endereço da moradora. Informou ainda que nem sempre se dá no endereço exato da pessoa, mas também em locais vinculados, sobretudo quando se trata de um contexto de organização criminosa. "O alvo estava com mandado de prisão em aberto e, durante o cumprimento do mandado de busca e de prisão em outro endereço, onde foi localizado, agrediu e ameaçou os policiais, sendo preso por resistência, ameaça e lesão corporal. A autoridade informou, ainda, que no endereço da moradora não havia moradores presentes no momento da operação e que foram chamadas duas testemunhas do povo para acompanhar o rompimento da fechadura, conforme preconiza o Código de Processo Penal e a decisão judicial. Os policiais não danificaram a residência além do necessário para o cumprimento da diligência e que foi disponibilizado acesso aos autos à moradora para verificar como seu endereço surgiu na investigação." ???? Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter ???? Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas ,

Publicada por: RBSYS

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