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'Para ele o céu é o limite': crianças e adolescentes autistas utilizam programa para conversar e aprender

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'Para ele o céu é o limite': crianças e adolescentes autistas utilizam programa para conversar e aprender

O 'Michelzinho' é uma inteligência artificial criado pelo Adilmar Dantas que funciona como uma conversa do WhatsApp. Através dele, crianças e adolescentes podem aprender realizando diversas atividades e tarefas. Programa 'Michelzinho' conversa e ensina crianças e adolescentes autistas Através de um projeto de doutorado da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), nasceu o "Michelzinho", uma inteligência artificial que interage com crianças e adolescentes autistas, auxiliando no aprendizado e na socialização. É gratuito e de fácil acesso, pois o programa funciona pelo WhatsApp como uma conversa. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O idealizador do projeto e doutor em Ciência da Computação, Adilmar Coelho Dantas, conta que o Michelzinho é um chatbot, um programa capaz de manter uma conversação em tempo real com seres humanos, assim como o ChatGPT, da OpenAI. "Agora estou usando inteligência artificial generativa, para que esse público tenha um amiguinho no bolso, dentro do próprio WhatsApp." O programa ajuda crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) a evoluírem aspectos sociocomportamentais e emocionais, através de atividades com leitura, escrita, números e conversação, além de ensinar sobre emoções. Para acessar o programa, basta mandar uma mensagem pelo WhatsApp para o número (85) 98880-7077. Crianças e adolescentes autistas podem enviar mensagens, fotos e áudios em conversa com inteligência artificial Reprodução Como surgiu a inciativa Segundo Adilmar, o interesse nas questões do TEA se deu por conta de uma organização sem fins lucrativos que ficava perto de onde ele morava. "Meu objetivo principal é aplicar meus conhecimentos em inteligência artificial de maneira que eu possa ajudar o próximo". O projeto começou como um jogo para celular que ajudava as pessoas a reconhecer e expressar alguns sentimentos de forma natural. Durante a pandemia, o Michelzinho passou para a versão do WhatsApp e posteriormente foi atualizado, utilizando a inteligência artificial generativa. "Atualmente, temos poucas pesquisas na área e muito menos políticas públicas e recursos disponíveis a população", afirma o doutor em Ciência da Computação. Na versão atual, a criança consegue interagir de diversas formas com o chatbot, seja mandando mensagens, fotos e até mesmo áudios. O Michelzinho consegue até mesmo dar dicas de receitas culinárias. De acordo com o Adilmar, o Michelzinho, que está disponível gratuitamente desde 2017, tem esse nome por conta de um grande amigo dele, chamado Michel. ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região O idealizador do programa também conta que atualmente está trabalhando com outras pesquisas, mas voltadas para o público com deficiência visual. A ideia é que essas pessoas também possam conhecer as emoções de maneira natural por meio da tecnologia. Crianças e adolescentes autistas brincam enquanto se desenvolvem em projeto no Mundo Circo Pensando em inclusão, Parque Estadual do Pau Furado recebe cadeiras para pessoas com deficiência passearem 'Mar de ipês' em avenida encanta moradores e viraliza na web; VÍDEO 'Para ele o limite é o céu' José Roberto nasceu com uma má formação cerebral e possui traços do espectro autista, que ainda estão sendo investigados Cláudia Lopes/Arquivo Pessoal É o que diz Claudia Abadia da Silva Lopes sobre o filho dela, José Roberto Lopes Junior, que começou a usar o Michelzinho este ano. José, que hoje tem 16 anos, nasceu com uma má formação cerebral chamada agnensia do corpo caloso — a ausência de uma estrutura que conecta os dois lados do cérebro. Recentemente, surgiu a suspeita de que ele pudesse ter autismo de suporte 1, mas o diagnóstico ainda está sendo investigado. A família mora em Araxá e teve uma experiência positiva com o programa, que trabalha as emoções com o José. "Ele conversa com o Michelzinho. É como um amigo virtual dele", conta Cláudia. A mãe conta que decidiu largar a carreira para se dedicar completamente aos cuidados com o filho, se atentando principalmente à educação dele. "Os sonhos dele são os meus. [...] Até o último dia da minha vida eu vou lutar por ele." Cláudia acredita que o programa deveria ser mais divulgado e, assim, ser conhecido nacionalmente, para ajudar mais pessoas, assim como ajudou ela e o José. Segundo ela, o filho dela teve o privilégio de ser acompanhado por diversos especialistas, diferente da realidade de muitos. "A inclusão é inacessível para muita gente, muitos pais". Mesmo estudando em escola particular, Cláudia conta que também teve dificuldades na inclusão e educação do filho: "A escola não estava preparada para a alfabetização". No entanto, a família conseguiu superar os obstáculos pedagógicos e hoje o Michelzinho ajuda o José em outra dificuldade, o reconhecimento de emoções. Com a ajuda do programa, do acompanhamento de profissionais e o apoio da família, José Roberto enfrenta as dificuldades da inclusão na sociedade e sonha em um dia estudar na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. ???? Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter ???? Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Publicada por: RBSYS

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