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PC indicia envolvidos em maus-tratos a burro agredido com bastão de choque em cavalgada em Uberlândia

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PC indicia envolvidos em maus-tratos a burro agredido com bastão de choque em cavalgada em Uberlândia

Suspeitos confessam maus-tratos a animais durante cavalgada em Uberlândia A Polícia Civil identificou seis pessoas envolvidas nos maus-tratos a um burro agredido com um bastão de choque durante uma cavalgada realizada em 24 de agosto, próximo ao Parque de Exposições do Camaru, em Uberlândia. O animal foi resgatado, levado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV-UFU) e será doado a uma pessoa que se apresentou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O inquérito foi instaurado após o órgão, por meio da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente, receber um vídeo que viralizou nas redes sociais mostrando o animal sendo violentamente agredido por participantes do evento. ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no Instagram Em entrevista coletiva nesta terça-feira (2), o delegado Daniel Azevedo informou que quatro adultos, de 26, 19, 18, e 56 anos, e dois adolescentes estavam entre os envolvidos. "No balanço final dessa investigação, nós identificamos todas as pessoas que concorreram para o crime. Foram indiciados por delitos de menor potencial ofensivo quatro imputáveis, e foi atribuída a responsabilidade a dois adolescentes infratores", detalhou. Ao analisar o vídeo, o médico-veterinário Márcio Bandarra, responsável pelo laudo pericial, explicou que o animal demonstrava sinais evidentes de dor. “O parar do animal demonstra claramente que esse animal está com dor. Todos os animais de grande porte, quando sentem dor, param. E foi o que não foi observado pelos indivíduos, que continuaram a desferir choques e outros tipos de agressão, como o chicote, apenas com a intenção de causar dor”, relatou. Em nota, o Sindicato Rural de Uberlândia, responsável pela Cavalgada Camaru 2025, manifestou repúdio às cenas de maus-tratos. A entidade reforçou que o fato foi isolado e que não representa o tradicional evento "que reuniu famílias e amantes dos equinos em um ambiente de cultura". Leia a nota na íntegra abaixo. Agressões ocorreram após o fim da cavalgada A investigação apontou que o grupo se reuniu próximo ao local para embarcar os animais de forma improvisada, utilizando um barranco como acesso ao caminhão boiadeiro. Nesse momento, testemunhas relataram que o burro, aparentemente arisco e resistente a entrar no veículo, foi alvo das agressões. Um dos envolvidos pediu um bastão de choque e iniciou os ataques. O equipamento foi repassado a outro participante, que continuou a agressão, enquanto um terceiro usava um chicote. A cena foi registrada por uma protetora de animais da cidade, que tentou intervir, mas foi hostilizada e ameaçada. Um dos homens chegou a dizer que a amarraria pelo pescoço e a arrastaria para dentro de um caminhão. Mesmo diante das ameaças, a mulher continuou filmando. Ao perceber que ela não interromperia a gravação, um dos agressores se aproximou e afirmou que ela seria presa, alegando ser tenente da Polícia Militar. Posteriormente, foi constatado que o jovem, de 19 anos, não pertence à corporação. De acordo com a PC, por isso, o jovem também foi indiciado por usurpação de função pública. O investigado confessou envolvimento no caso e disse estar sob efeito de medicamentos no momento da ação. LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Pelo menos 10 esqueletos de cachorros são encontrados em casa abandonada em MG 'O ambiente era um lixão': pitbulls em situação de maus-tratos são resgatados em Uberlândia Lei que criminaliza maus-tratos a animais em Uberlândia fica mais rigorosa; entenda alterações Investigação identificou todos os envolvidos Segundo o delegado Daniel Azevedo, responsável pelo caso, todos os agressores foram identificados, assim como o animal e seu proprietário, morador de Monte Alegre de Minas. O delegado informou que o dono do burro não possuía a documentação necessária e, ao ser alertado sobre as consequências legais, afirmou não ter condições de manter o animal. Ele disse ainda que o havia levado a Uberlândia para tentar vendê-lo. Diante da situação, decidiu doar o burro ao Estado. O promotor de Justiça de Defesa de Meio Ambiente, Breno Lintz, explicou que os envolvidos não foram presos em flagrante devido o crime ser considerado de menor potencial ofensivo. “Na lei não há previsibilidade do recolhimento e do cumprimento de pena dentro de presídio. Infelizmente, no Brasil, há uma diferenciação quando se trata de cão e gato em relação aos demais animais. E, talvez, tudo isso que a gente busque com esse fato que aconteceu em Uberlândia é sensibilizar o Congresso Nacional para que a lei seja alterada e inclua os demais animais com a sanção prevista de dois a cinco anos de prisão”, declarou. Ainda segundo o promotor, o animal foi novamente transportado a Uberlândia, passou por exames no Hospital Veterinário da UFU e será doado a uma pessoa que se apresentou ao Ministério Público. Esse novo proprietário, que possui uma fazenda a 70 quilômetros da cidade, garantiu que o burro não será usado para qualquer tipo de trabalho na propriedade. Nota do Sindicato Rural de Uberlândia "O Sindicato Rural de Uberlândia vem a público manifestar seu repúdio veemente em relação a um vídeo que circula nas redes sociais, no qual se vê indivíduos em prática de manejo inadequado ao tentar colocar um muar em um veículo de transporte. Deixamos claro que tais práticas não representam, em hipótese alguma, a conduta defendida ou aceita pelo Sindicato Rural de Uberlândia. Trata-se de uma atitude isolada, que não tem absolutamente nenhuma relação com as imagens e registros captados da Cavalgada Camaru 2025, evento tradicional que reuniu famílias e amantes dos equinos em um ambiente de cultura, respeito e valorização do campo. O Sindicato Rural de Uberlândia solicita, ainda, que as autoridades competentes investiguem o caso com rigor, identifiquem os responsáveis e apliquem as devidas sanções previstas em lei. Estamos colaborando para que a denúncia seja formalizada e tratada com a seriedade que o episódio exige. Reforçamos que não compactuamos com qualquer prática de maus-tratos e reiteramos nosso compromisso permanente com o bem-estar animal, a ética e a preservação da tradição rural." Vídeo viralizou e o clamor social levou ao envolvimento do MPMG e PC Redes sociais/reprodução VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Publicada por: RBSYS

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