Durante o trajeto até a delegacia, o homem detido teria dito que "o preto tem a necessidade de aparecer" para o sargento. O crime foi registrado no domingo (21) em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais. Um sargento foi vítima de racismo enquanto atendia uma ocorrência de perturbação do sossego, segundo a Polícia Militar. A ocorrência foi registrada no domingo (22) em Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais.
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Segundo a PM, a equipe do sargento foi acionada para comparecer à Praça Júlia Camargo, no Bairro Paracatuzinho, onde um veículo estava com o som em volume alto, perturbando a tranquilidade dos moradores das proximidades. A solicitação foi feita através de anônima através do número 190.
O policial solicitou ao motorista do veículo, de 27 anos, que reduzisse o volume do som. Ele não atendeu a solicitação, afirmando que o veículo estava devidamente licenciado e que estava apenas se divertindo.
O homem foi preso por perturbação do sossego após a recusa. No entanto, ele homem resistiu à prisão, tentando impedir a ação dos policiais com empurrões, socos e chutes.
Conforme a ocorrência, para conter a resistência e prendê-lo, os militares usaram técnicas de contenção, imobilização, controle de contato, algemação e projeção ao solo.
Durante a ação, familiares e amigos do motorista interviram, causando novo tumulto. Para dispersar a aglomeração, que incluía várias pessoas sob efeito de álcool, o sargento disparou duas vezes com munições de bala de borracha e utilizado spray de pimenta para controlar a situação, segundo a PM.
Apesar do tumulto, o homem foi preso. As infrações de trânsito foram registradas e o veículo removido para pátio credenciado pelo Detran.
Ainda conforme a Polícia Militar, durante o deslocamento para a delegacia, o suspeito disse palavras de discriminação racial contra um dos policiais. O homem teria dito que o sargento estava fazendo aquilo com ele por ser preto e que, apesar dele mesmo ser, não gostava de preto.
"O preto tem a necessidade de aparecer", teria dito o homem.
Ele foi foi levado para a Polícia Civil, onde permaneceu à disposição do delegado de plantão para as demais providências.
Em nota, a Polícia Civil informou que a prisão em flagrante do homem foi ratificada pelos crimes de resistência e injúria. Uma investigação foi aberta para apurar o caso.
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Publicada por: RBSYS