Novilhas furtadas em MG foram localizadas em frigorífico no interior de SP
Polícia Civil/Divulgação
Uma organização criminosa especializada em furto e roubo de gado foi desarticulada durante a Operação Aprisco, realizada nesta terça-feira pela Polícia Civil de Frutal, no Triângulo Mineiro. Os criminosos furtaram pelo menos 90 cabeças de gado na região.
De acordo com a investigação, o grupo atuava em propriedades rurais de Uberlândia, Uberaba e Fronteira. Os animais eram levados para frigoríficos no interior de São Paulo, onde eram abatidos de forma clandestina. A carne era vendida ilegalmente.
A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais de Frutal apurou que o grupo atuava de forma articulada entre cidades de Minas Gerais e São Paulo.
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Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em São José do Rio Preto, Guapiaçú e Nhandeara (SP), além de Fronteira, Frutal e Uberlândia.
Abate e venda ilegal de carne bovina
A Polícia Civil informou que as investigações começaram após o furto de 57 novilhas em uma fazenda de Fronteira, em abril de 2024. Parte dos animais foi localizada viva em um frigorífico de Guapiaçú (SP) e o restante já havia sido abatido.
O gado chegou ao estabelecimento paulista com uma nota fiscal, cujo emissor não foi divulgado. Os animais sobreviventes foram recuperados e retornaram ao dono em Fronteira, que seria indenizado pelos animais mortos.
Até o momento, os investigadores identificaram a atuação da quadrilha nos seguintes crimes:
Furto de 57 novilhas em Fronteira (abril de 2024)
Furto de 34 vacas em Uberlândia (fevereiro de 2024)
Tentativa de roubo em Uberaba (março de 2024)
O crime em Uberaba, de acordo com a PC, foi frustrado porque a carreta-boiadeira atolou durante a fuga.
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Operação Aprisco
A operação teve apoio da Polícia Civil de São José do Rio Preto e da Delegacia de Crimes Rurais de Uberlândia.
O nome da Operação Aprisco, que significa “abre-te, curral”, faz referência às investigações de crimes patrimoniais envolvendo furto e roubo de gado bovino.
Ainda conforme a PC, por determinação do Poder Judiciário da Comarca de Frutal, foi decretado o sequestro de bens e valores de R$ 250 mil dos investigados.
As investigações seguem com o objetivo de identificar outros envolvidos e delimitar a extensão do grupo criminoso com atuação nos dois estados.
Gado era furtado para abate e venda clandestinos em cidades paulistas
Polícia Civil/Divulgação
Delegacia Regional de Polícia Civil Frutal
PCMG/Divulgação
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Publicada por: RBSYS