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Vítima de PM reformado preso por estuprar crianças denuncia crime após 30 anos: 'Quero que ele também não se esqueça'

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Vítima de PM reformado preso por estuprar crianças denuncia crime após 30 anos: 'Quero que ele também não se esqueça'

Stéphone de Paula tem 37 anos e relata que foi abusada aos 7 por Roberto Emídio Pereira quando voltava de uma festa com a família. Policial reformado foi preso em Uberlândia suspeito de estuprar pelo menos três irmãos de uma mesma família em Brasília e em Goiás. Stéphone aos 7 anos de idade Reprodução/Arquivo pessoal Foi na volta da festa de uma prima que Stéphone de Paula, aos 7 anos, foi abusada pelo policial militar reformado Roberto Emídio Pereira, que tinha 22 anos na época. O g1 conversou com a vítima, com exclusividade, que contou que criou coragem para denunciar o abusador após ver a repercussão da prisão do militar, em Uberlândia, na última semana. Ele é suspeito de estuprar três crianças da mesma família em Brasília e em Goiás em 2017. Segundo ela, o PM passou a mão em suas partes íntimas enquanto estava no colo dele, dentro do carro. Ela procurou a Polícia Civil e fez a denúncia, 30 anos depois do abuso. "Quando eu vi as reportagens em que as crianças contavam tudo que elas também passaram com o Roberto, tomei coragem para também denunciar. Eu me lembro daquele dia há 30 anos e eu quero que ele também não se esqueça. Ele deve ter feito isso com tantas crianças que já nem se lembra de todas elas". Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Postagem que Stéphone fez no instagram após denunciar Roberto Reprodução/Arquivo pessoal Stéphone diz que Roberto era íntimo da família e o chamava de tio. Hoje, com 37 anos, ela conta que não sente mais remorso ao relembrar o que aconteceu. "Minha família e eu estávamos saindo da festa de 15 anos da minha prima quando tudo aconteceu. Naquela época, a gente se amontoava em um único carro para poder voltar para casa. Eram várias pessoas espremidas e eu, que tinha 7 anos, acabei tendo que ir no colo de alguém. Essa pessoa era o Roberto, que não sentiu nenhum pudor em tocar as minhas partes íntimas durante a viagem, mesmo com toda a minha família em volta". Depois disso, Stéphone passou a evitar o policial e a ficar sozinha no mesmo ambiente que ele. Stéphone hoje, aos 37 anos Reprodução/Arquivo pessoal "Sempre que ele chegava em casa e eu estava sozinha, dava um jeito de me livrar dele". Com a repercussão do caso, o pai das vítimas de 10, 14 e 17 anos, que contaram terem sido abusadas por Roberto em uma viagem de família para Caldas Novas (GO), em 2023, entrou em contato com Stéphone e a convenceu a adicionar seu relato ao processo que corre na justiça contra o policial. "A filha de 17 anos deles está devastada, com uma depressão gravíssima. A família foi quebrada. As vezes me pergunto se eu tivesse denunciado ele naquela época talvez eu tivesse conseguido impedir que outras crianças passassem pelo que passei. Foi só recentemente que consegui contar para a minha mãe sobre o abuso, ela chorou e disse que teria acreditado em mim". Confissão do crime Nos prints (veja abaixo) que o g1 teve acesso, Roberto confessa os abusos contra o menino de 10 anos. "Sei que fiz m* grande, mas não machuquei o *, ele sabe disso". "Esse sentimento de culpa está me corroendo por dentro, muito mais ainda por ter traído a confiança de vocês, destruído nossa amizade, o respeito e o carinho que conquistei ao longo dos anos". A reportagem fez novo contato nesta terça-feira (18) com o advogado de defesa, Deiber Magalhães Silva, que manteve o mesmo posicionamento desde o início do caso. "Há um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo a revogação do mandado de prisão de Roberto". Segundo a Polícia Federal (PF), Roberto estava foragido desde agosto de 2023 e foi encontrado sozinho no apartamento do filho dele, no Bairro Jardim Brasília. Ele é considerado de alta periculosidade pela PF. “Após a prisão do investigado, tivemos notícia de mais duas vítimas as quais manifestaram interesse em denunciá-lo", disse o delegado Felipe Garcia. Militar reformado é preso em Uberlândia suspeito de estuprar crianças Veja abaixo o que se sabe sobre o caso: Crime denunciado Suspeito procurado e prisão Quem é o policial reformado Tentativa de suborno e medo de morrer na prisão Roberto Emídio Pereira Reprodução/Arquivo pessoal Crime denunciado Em fevereiro de 2023, um amigo de Roberto há mais de 30 anos denunciou à Polícia Militar (PM) que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente pelo policial durante uma viagem que fizeram juntos para Caldas Novas (GO). Segundo a família, eles convidaram Roberto para o passeio e ficaram hospedados no mesmo apartamento. Durante os dias que estavam em Caldas Novas, o policial e o menino de 10 anos dormiram na sala, a criança no sofá e Roberto em um sofá-cama. Em depoimento, o menino relatou que estava dormindo quando sentiu o "tio Roberto" deitar ao seu lado, abaixar o seu short e cometer o abuso. A criança contou ainda que após o ocorrido ele precisou ir ao banheiro se limpar diversas vezes devido a um líquido em suas nádegas. Após contar para os pais sobre o ocorrido, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também confessou que era abusada pelo policial desde os 10 anos de idade e que "não era mais virgem". A outra filha de 14 anos também disse ter sido abusada algumas vezes por Roberto. Suspeito procurado e prisão Os pais das vítimas registraram boletim de ocorrência contra Roberto em Brazlândia (DF). Em seguida, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) denunciou Roberto pelos crimes. Com isso, a Polícia Civil começou as buscas em Uberlândia em 2023. Na época, Roberto tinha sido visto pela última vez tentando fugir da cidade em um carro de passeio preto pela BR-050. Após meses de busca, ele foi encontrado no dia 12 de junho no apartamento do filho dele, no Bairro Jardim Brasília. Por ser policial militar reformado, ele foi levado preso para o batalhão da PM em Uberlândia. Quem é o policial reformado Roberto e o pai das crianças se conhecem desde 1991, quando serviram o serviço militar obrigatório no Distrito Federal. Segundo o amigo, Roberto nasceu e viveu em Pires do Rio (GO), se mudando em seguida para Uberlândia, onde ingressou na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG). Até a data do crime, Roberto Emídio estava na reserva remunerada da PM e fazia parte de um moto clube de agentes da segurança pública, em Águas Claras (DF). Conforme o pai das vítimas, ele também se mostrava muito religioso e fazia parte de uma igreja evangélica em Uberlândia. Conforme a PF, o policial se aproveitava da religiosidade para criar uma falsa reputação de bom homem e se aproximar das famílias das crianças abusadas. Ele também mantinha uma imagem de homem tradicional e explorava do cargo na polícia para ganhar a confiança das pessoas. ???? Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região Tentativa de suborno e medo de morrer na prisão O g1 teve acesso a prints que mostram uma conversa entre Roberto e o amigo, pai das crianças abusadas por ele. Nas mensagens, o policial confessa os abusos contra o menino de 10 anos e diz que não chegou a machucá-lo. Em seguida, Roberto diz que tem medo de ser preso e até de morrer na cela, por isso, oferece dinheiro para que o pai das crianças retire a queixa e o dê uma pena que a justiça não vai dar. Mensagens em que Roberto tenta subornar o pai das crianças para que a denúncia fosse retirada Reprodução/Arquivo pessoal Cadeirante relata ter sido estuprada e roubada dentro de casa Ex-detentas denunciam estupros que dizem ter sofrido de policial penal em presídio Surpresa para reatar namoro termina em estupro de adolescente ???? Siga as redes sociais do g1 Triângulo: Instagram, Facebook e Twitter ???? Receba no WhatsApp as notícias do g1 Triângulo VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Publicada por: RBSYS

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